domingo, 2 de outubro de 2011

Colégio Pitágoras Meta - 3º ano - Específica para o vestibular Brasil e suas principais características

Brasil: características físicas e econômicas

Regionalizações:
Região Geoeconômica:


Além da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do território nacional (ainda não oficial). Essa outra proposta de regionalização tem como critérios os aspectos naturais e, principalmente, socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas do Brasil.
               Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os estados que integram essas regiões apresentam várias características em comum, no entanto, é necessário ressaltar que não há homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas.
              Conforme essa proposta de regionalização do território brasileiro, o norte de Minas Gerais faz parte do complexo regional nordestino, o extremo sul do Mato Grosso pertence à região Centro-Sul e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia, a porção oeste do Maranhão integra-se à Amazônia, e o extremo sul do Tocantins pertence à região Centro-Sul.

1 – Amazônia
Compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território brasileiro. Integrada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto sua porção sul) e oeste do Maranhão. É uma região que apresenta baixa densidade demográfica. As atividades econômicas desenvolvidas são: a agropecuária, que constitui o setor econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial, com destaque para a zona industrial de Manaus.

2 – Centro-Sul
O complexo regional do Centro-Sul corresponde a quase um terço do território nacional, compreende aos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o extremo norte de Minas Gerais), ao estado de Goiás, Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso e extremo sul do Tocantins. É o complexo regional mais desenvolvido economicamente, abriga a maior parte do parque industrial, das áreas de atividades agrícolas mais modernas, dos bancos, mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios e universidades do país. É extremamente urbanizado.

3 – Nordeste
O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30% do território nacional. É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui grandes contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorâneas, mais urbanizadas, industrializadas e desenvolvidas economicamente, e o interior com predomínio de clima semiárido e grandes problemas sociais.

As principais atividades econômicas desenvolvidas nesse complexo regional são:
              Meio Norte – extrativismo vegetal, agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz. 
              Sertão – pecuária extensiva e de corte, agricultura (milho, feijão e cana de açúcar) e o cultivo irrigado de frutas e flores. Nas áreas litorâneas ocorre a extração de sal. Também há a presença de indústrias (polo têxtil e de confecções).
             Zona da Mata – predominam as grandes propriedades agrícolas que praticam a monocultura canavieira destinada para a exportação do açúcar. Além da cana, ocorre o cultivo do cacau e do fumo. Destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.
            Agreste – a principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira.

Região Oficial ou do IBGE:

O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de regionalização foi realizada em 1913, e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos Estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o processo brasileiro de regionalização: 
1913
                                                                  Divisão regional de 1913

A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

1940
           Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos Estados de Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.

1945
Divisão regional de 1945

Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual Estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.

1950
           Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os Estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada, e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre se tornou Estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima.

1970
           Em 1970 o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.
Divisão regional atual

1990
              Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia se tornaram Estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.

Podemos considerar o Brasil como um continente? Porque isso se dá?

Brasil, um país de dimensão continental.

O Brasil possui um território de dimensões continentais com uma área de 8.547.403 quilômetros quadrados, dessa forma, é o terceiro em extensão territorial nas Américas, além disso, recentemente vêm apresentando elevados crescimentos econômicos, se enquadrando entre as principais nesse seguimento.
           O território brasileiro representa 47% de toda terra emersa da América do Sul e 50% da população. Geograficamente, o Brasil está situado em um ponto privilegiado, na América do Sul o país é considerado uma potência, hoje se destaca no campo político e econômico desse continente. O país confronta fronteira com grande parte dos países sul-americanos, salvo o Chile e o Equador, esse fator facilita as negociações comercias e o fluxo de capitais e mercadorias.
           Para o estabelecimento das fronteiras atuais foram necessários diversos acordos e tratados, os limites territoriais têm como objetivo indicar onde termina um país e inicia outro. Para delimitar é preciso utilizar linhas imaginárias que muitas vezes são marcadas por acidentes geográficos ou naturais (montanhas, rios), e também existem aqueles criados pelo homem, são construídos marcos para delimitar territórios. Esses são divididos não somente em terra, mas também no oceano, no espaço aéreo e no subsolo.
           Quanto à extensão do território podemos analisar as extremidades do país de norte a sul e leste a oeste, no primeiro caso do Monte Caburaí (Roraima) ao Arroio Chuí (Rio Grande do Sul) são registrados 4.395 quilômetros, já no segundo, da Serra da Contamana (Acre) à Ponta do Seixas (Paraíba) resulta em 4.320 quilômetros.
          O Brasil não apresenta grandes desertos ou regiões geladas que possam impedir a ocupação do território como um todo, os inconvenientes existentes são provocados pela seca ou por enchentes, no entanto, isso poderia ser facilmente superado se houvesse um planejamento e vontade política para prevenir todos os possíveis acidentes decorridos de acontecimentos climáticos.
         

Nenhum comentário:

Postar um comentário