quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Colégio Pitágoras Meta - Recuperação 1º ano

Responda as questões abaixo em folhas de papel almaço, manuscrito com caneta de cor azul ou preta e contendo capa.
Valor: 4,0

Questionário

1) O que significa a expressão Clusters industriais?

2) O nosso país viveu uma recessão econômica nas décadas de 1980 e 1990. Em meados desta última década, o então ministro da economia, Fernando Henrique Cardoso, no governo de Itamar Franco criou o Plano Real. Mas somente a criação desta nova moeda foi à salvação econômica do Brasil? Explique.

3) Explique como foi a ajuda do FMI e quais foram as suas exigências para o Brasil contrair os empréstimos.

4) Descreva como foi a crise do modelo econômico brasileiro.

5) É correto afirmar que nosso país vive um processo de formação de clusters? Comente e de exemplos.

6) Atualmente, grande parte das empresas brasileiras adotam um modelo de industrialização. Que modelo é este e como ele funciona? Comente.

7) O modelo industrial mundial passou por algumas modificações. Nessas modificações, surgiram quatro modelos que impulsionaram as indústrias no mundo, inclusive no nosso país. Diante isso, relate o nome dessas quatro modalidades industriais.

8) Explique quais foram os principais motivos que levaram a modalidade do Fordismo em não se concretizar no mundo atual.

9) Analise a imagem abaixo e responda a questão:

Em que época o processo industrial brasileiro se iniciou com intensidade e por que a região Sudeste (quase exclusivamente São Paulo) foi a pioneira no recebimento dessas indústrias?

11) Com o início do processo industrial no Brasil, houve-se a necessidade da criação de duas regiões recebedoras: o Centro e a Periferia. Diante isso, diferencie essas regiões.

12) Descrevas quais são os principais problemas urbanos que nosso país sofre atualmente.

13) Explique o que é Rede urbana e Hierarquia urbana

14) O sistema de transportes brasileiro é adequado às suas necessidades e características? Comente.

15) Aponte as principais características dos seguintes sistemas de transportes:
            a) ferroviário
            b) rodoviário
            c) hidroviário

16) Comente as principais características do sistema dutoviário.


Verificar o conteúdo no texto abaixo, no Capítulo 2 (industrialização brasileira), Capítulo 2 (urbanização brasileira) e Capítulo 2 (transportes e comunicação no Brasil), todos do livro 2 (Industrialização)


Capítulo 2 – Industrialização brasileira – Conteúdo complementar

Modelo de industrialização denominado Fordismo:

(O Fordismo foi iniciado nos EUA onde o ritmo da produção é imposto pelas máquinas, o trabalhador faz um consumo de tarefas especializadas e de participar mais do consumo.)
O Fordismo é um modelo de produção em massa idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company. Esse modelo revolucionou a indústria automobilística a partir de janeiro de 1914, quando introduziu a primeira linha de montagem automatizada. Ford utilizou à risca os princípios de padronização e simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica.
Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era tornar o automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo, porém mesmo com o barateamento dos custos de produção, o sonho de Henry Ford permaneceu distante da maioria da população.
Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que movimentavam-se enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra característica é a de que o trabalho é entregue ao operário, em vez desse ir buscá-lo, fazendo assim a analogia à eliminação do movimento inútil.

Modelo de industrialização denominado Taylorismo:

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Taylor (1856-1915), que é considerado o pai da administração científica. Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. É considerado um subcampo da perspectiva administrativa clássica.
O fato mais marcante da vida de Taylor foi o livro que publicou em 1911 "Princípios de Administração Científica" com esse livro ele tenta convencer aos leitores de que o melhor jeito de administrar uma empresa é através de um estudo, de uma ciência. A ideia principal do livro é a racionalização do trabalho que nada mais é que a divisão de funções dos trabalhadores e com isso Taylor critica fortemente a “Administração por incentivo e iniciativa”, que acontece quando um trabalhador por iniciativa própria sugere ao patrão ideias que possam dar lucro a empresa incentivando seu superior a dar-lhe uma recompensa ou uma gratificação pelo esforço demonstrado o que é criticado por Taylor, pois uma vez que se recompensa um subordinado por suas ideias ou atos, tornamo-nos dependentes deles. Taylor acredita na ideia da eficiência e eficácia que é a agilidade e rapidez dos funcionários gerando lucro e ascensão industrial.

Modelo de industrialização denominado Toyotismo:

(Toyotismo é um modo de organização da produção capitalista originário do Japão, resultante da conjuntura desfavorável do país. O toyotismo foi criado na fábrica da Toyota no Japão (dando origem ao nome) após a Segunda Guerra Mundial, este modo de organização produtiva, elaborado pelo japonês Taiichi Ohno e que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.)
O sistema pode ser teoricamente caracterizado por seis aspectos:
Mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez. A mecanização flexível consiste em produzir somente o necessário, contrariando o fordismo, que produzia o máximo possível e estocava o excedente. A produção toyotista é flexível à demanda do mercado.
Processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho.
Implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo.
Sistema just in time: Esta técnica de produção foi originalmente elaborada nos EUA,no início do século XX, por iniciativa de Henry Ford mas não foi posta em prática. Só no Japão, destruído pela II Guerra Mundial, é que ela encontrou condições favoráveis para ser aplicada pela primeira vez. Em visita às indústrias automobilísticas americanas, na década de 1950, o engenheiro japonês Eiji Toyoda passou alguns meses em Detroit (EUA) para conhecê-las e analisar o sistema dirigido pela linha fordista atual. Seu especialista em produção Taiichi Ohno, iniciou um processo de pesquisa no desenvolvimento de mudanças na produção através de controles estatísticos de processo. Sendo assim, foi feita uma certa sistematização das antigas idéias de Henry Ford e por sua viabilização nessa fábrica de veículos. Surge daí o sistema just in time, que visa envolver a produção como um todo. Seu objetivo é "produzir o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário", o que foi vital numa fase de crise econômica onde a disputa pelo mercado exigiu uma produção ágil e diversificada.
Personalização dos produtos: Fabricar o produto de acordo com o gosto do cliente.
Controle visual: Havia alguém responsável por supervisionar as etapas produtivas.

Modelo de industrialização denominado Volvismo:

O volvismo foi criado por Emti Chavanmco engenheiro da Volvo nos anos 60. Nascido na Índia ele se mudou com a família para Suécia por causa da guerra civil que lá acontecia.
Em linhas gerais, a indústria sueca é caracterizada endogenamente altíssima grau de informatização e automação e exogenamente pela forte presença dos sindicatos trabalhistas e mão-de-obra altamente qualificada. 
No caso das fábricas da Volvo, é ainda marcada por um alto grau de experimentalismo, sem o qual talvez não fosse possível ter introduzido tantas mudanças.
O Volvismo surgiu como resultado de várias inovações conjuntamente postas em prática, com a particularidade da participação constante dos trabalhadores. As exigências do mercado competitivo forjaram melhorias, mas o que fez a diferença no caso da Volvo foi claramente características particulares da sociedade sueca. Além dos sindicatos fortes, o alto grau de automação das fábricas no país faz com que desde há tempos os jovens rejeitem serem vistos como “acessórios das máquinas”, como no taylorismo o seriam.
Isso gerou mudanças estruturais: nessa linha, o operário tem um papel completamente diferente daquele que tem no fordismo, e ainda mais importante que no toyotismo: aqui é ele quem dita o ritmo das máquinas, conhece todas as etapas da produção, é constantemente reciclado e participa, através dos sindicatos, de decisões no processo de montagem da planta da fábrica (o que o compromete ainda mais com o sucesso de novos projetos).

Bons estudos!!!